Cicatrizes Atroficas ESTRIAS
Cicatrizes Atroficas ESTRIAS

Cicatrizes Atróficas (Estrias)

As estrias constituem uma das mais freqüentes alterações estéticas que podem se apresentar em cabine. Afeta, aos 30 anos de idade, 90% das mulheres e 15% dos homens. É uma atrofia tegumentar adquirida, de aspecto linear, algo sinuosa, em estrias de um ou mais milímetros de largura, a princípio avermelhada, depois esbranquiçada.

Raras ou numerosas, dispõem-se paralelamente umas às outras e perpendicularmente às linhas de fenda da pele, indicando um desequilíbrio elástico localizado, caracterizando uma lesão de pele. As estrias são resultantes, basicamente, de um defeito no reparo do tecido, que ocorre por inibição dos fibroblastos (células responsáveis pela reconstituição das fibras rompidas). Esse rompimento ocorre naturalmente nas pessoas, mas, em algumas situações, é agravado por estiramentos maiores, como o crescimento, a gestação ou a obesidade.

Ao se romper, a fibra de sustentação da pele desencadeia um processo inflamatório que dá o aspecto de vermelhidão no local. Este é o momento propício para iniciar o tratamento. Enquanto a estria estiver com a aparência vermelha, é sinal de que ainda existe a inflamação e esta pode ser tratada com uma maior probabilidade de sucesso. O surgimento dos sintomas iniciais é variável, sendo caracterizado por: prurido, dor (em alguns casos), erupção papular plana e levemente eritematosa (rosada). Inicialmente, são estrias rubras (striae rubrae) Em seguida, tornam-se esbranquiçadas e conhecidas como estrias. 

Causas da estria:
A etiologia da estria é bastante controversa. Existem três teorias que tentam justificá-la:

Teoria Mecânica – O estiramento da pele, com conseqüente ruptura ou perda de fibras elásticas dérmicas, é tido como fator básico da origem das estrias. É deste modo que os adeptos desta teoria explicam o seu aparecimento. Temos, então:
- Obesidade: aumento excessivo de deposição de gordura no tecido adiposo, especialmente a que ocorre repentinamente;
- Crescimento: conhecido como “estirão do crescimento”, que ocorre na adolescência. Geralmente, as estrias aparecem nas mamas e quadris, em meninas, e atrás das pernas, axilas e costas, em meninos;
- Gravidez: devido ao aumento na produção de cortisol e o estiramento da pele da região abdominal, as gestantes estão constantemente suscetíveis às estrias.
- Atividade física: a possibilidade do aparecimento de estrias também se aplica a qualquer atividade física que aumente demasiadamente a musculatura ou cause estiramento importante na pele.

Teoria Endocrinológica – Nessa teoria, muitos autores postulam uma relação causal entre esteróides tópicos ou sistêmicos e as estrias. Pode-se explicar, então, que o aparecimento das estrias nas diversas patologias não tem como efeito causal a afecção em si, mas sim as drogas utilizadas no tratamento das mesmas. Temos, então, uma “síndrome de Cushing fisiológica”. Adolescentes, obesos ou não, recebem uma estimulação de adrenocortical. As estrias aparecem em mamas e quadris, nas meninas, e pernas, axilas e costas, nos meninos. O aparecimento das estrias, nesta idade, pode ser relacionado às alterações no nível de hormônios sexuais, com uma forte influência hormonal.

Teoria Infecciosa – Wiener (2002) sugere que processos infecciosos causam danos às fibras elásticas, provocando, assim, estrias. O autor notou, em adolescente, a presença de estrias púrpuras após febre tifóide, tifo, febre reumática, hanseníase e outras infecções. Essa teoria não possui muitos adeptos, já que os estudiosos partidários da teoria endocrinológica conseguem explicar o surgimento das estrias em decorrência do tratamento efetuado à base de corticóides, sendo o tratamento, portanto, o verdadeiro fator desencadeante do processo de formação de estrias.

Abordagens Terapêuticas
Na literatura disponível sobre estrias, os autores são unânimes em considerá-las como seqüela irreversível. Esta resistência está embasada no próprio exame histológico da estria, no qual se nota uma diminuição no número e volume dos elementos da pele e o rompimento de fibras elásticas. Observa-se, ainda, que a epiderme é delgada e há diminuição da espessura da derme. As fibras colágenas estão separadas entre  si e, no centro da lesão, não há muitas fibras elásticas, ao contrário da periferia, onde aparecem onduladas e agrupadas. O objetivo, em cabine, é de diminuir a aparência das estrias e melhorar o tecido epicutâneo da região atingida; estimular a síntese de colágeno do fundo da estria, para que ocorra um “recheio” no local; estimular a camada basal de queratinócitos do fundo da estria, para engrossar a epiderme. Isto nos permitirá um aspecto visual e tátil muito melhor das estrias e se obtém um resultado cosmético permanente.